Ao perfurar o solo para a execução de estacas é fundamental entender a formação geológica em que se está trabalhando. Entrar em um matacão, passar por uma fenda ou uma caverna e retornar para a rocha sã sem prender a ferramenta não é nada fácil. O operador da perfuratriz precisa ver, ouvir e tactar o que está sendo perfurado. É um trabalho fascinante!
Em qualquer profissão é de grande valor a troca de informações sobre as experiências adquiridas na lida diária. Mas, já há 21 anos trabalho com perfuração de solos e rochas e posso assegurar que transmitir apenas com palavras o conhecimento adquirido em uma perfuração também não é tarefa fácil. O comportamento da máquina, a sua vibração, a sua temperatura ou mesmo o som do motor são os parâmetros dos quais dispomos para saber o que está acontecendo metros abaixo do solo. Eu sempre achei que se conseguíssemos colocar tudo isso numa planilha teríamos o melhor perfil possível da perfuração.
Hoje, com o uso de tecnologia, pode-se conseguir um resultado satisfatório nesse sentido. Utilizando uma câmera podemos descer filmando e perfilar centímetro a centímetro uma perfuração. Assim, as informações do profissional, apoiadas por esse filme e em combinação com as sondagens preliminares, tornam-se uma ferramenta poderosa.
Esta metodologia não só beneficia grandemente o aprendizado, mas, principalmente, pode oferecer maior qualidade para estacas raiz e tirantes.
Assista ao vídeo que fiz para demonstração e contribua com o seu comentário. Este assunto merece a atenção de todos os profissionais envolvidos. Sugestões serão muito bem-vindas! Vamos conversar mais sobre este assunto; veja "Onde estou".
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